As duas crias de lince ibérico que nasceram no domingo no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico em Silves requerem «atenção especial» nos primeiros 15 dias, pois correm o risco da progenitora as abandonar, disse esta terça-feira o director do centro.
«Mas até ao momento a progenitora está a ter um comportamento exemplar», revelou Rodrigo Serra, em conferência de imprensa no centro.
«Os primeiros 15 dias são cruciais, pois existe o perigo de a fêmea as abandonar, o que pode obrigar-nos a intervir para amamentar as crias numa fase ainda muito débil de desenvolvimento», acrescentou.
«Estamos em alerta permanente, através do circuito interno de vídeo, para o caso de ser necessário a nossa intervenção», sublinhou.
As duas primeiras crias de lince ibérico geradas em cativeiro em Portugal nasceram de parto natural, durante a tarde de domingo de Páscoa, e «estão a ser muito bem tratadas pela mãe, que se tem mantido junto às crias».
«É impressionante, a progenitora está permanentemente metida na caixa parideira e a única coisa que faz é tratar das crias», destacou Rodrigo Serra, acrescentando desconhecer «se são machos ou fêmeas, dado que os técnicos evitam a aproximação com os animais para não interferir no processo».
«Só ao fim de sensivelmente 30 dias é que saberemos», sublinhou.
Citando: IOL Diário
